Alexandre Medeiros
“CAUSOS” DE PROFESSORES
Nani Brincando de Professora de Matemática com Luquinhas
Esse causo não se passou em uma escola de verdade, mas na escola da imaginação de uma criança. Em todo caso, ele retrata o que as crianças aprendem e como aprendem nas escolas públicas.
Nani era uma menininha bem viva de uns oito anos de idade e estudava a segunda série em uma escolinha municipal. De vez em quando a professora vinha e dava uma aula. Isso porque o normal na escola pública era a sua professora faltar. Fato é que tudo o que Nani aprendia na escola ela tentava ensinar ao seu irmão Luquinhas, um molequinho ainda mais vivo do que ela de pouco mais de três anos de idade, mas já bem falante e esperto.
Nani era uma menininha bem viva de uns oito anos de idade e estudava a segunda série em uma escolinha municipal. De vez em quando a professora vinha e dava uma aula. Isso porque o normal na escola pública era a sua professora faltar. Fato é que tudo o que Nani aprendia na escola ela tentava ensinar ao seu irmão Luquinhas, um molequinho ainda mais vivo do que ela de pouco mais de três anos de idade, mas já bem falante e esperto.
Eu ali no quintal, olhando para as flores e observando de longe a conversa deles dois brincando de escolinha.
Na cena que se segue, Nani é a professora, Luquinhas o seu aluno.
Ela se esforça para reproduzir tudo aquilo que aprendeu na escola para o seu irmãozinho. Ele, rebelde, dá o tom de uma autêntica sala de aula.
– Preste atenção, seu Luquinhas! Eu não vou mais lhe dizer outra vez. Se o senhor não prestar atenção eu lhe boto de castigo. Vai ficar olhando para a parede na hora do recreio.
– Eu tou olhando. Fale! – grita Luquinhas, já meio revoltado.
– Pois bem! A aula é de Matemática. Vá, diga: Matemática.
– Mática!
– Mática, não seu burrinho! Ma-te-má-ti-ca. Vá, diga!
– Mática!
– Eu já lhe disse que não é Mática. Aprenda, logo! É Ma-te-má-ti-ca. Matemática é uma coisa muito importante. Diga: Ma-te-má-ti-ca.
– Ma – te – má – ti – ca.
– Muito bem! Diga de novo. Matemática é muito difícil e só se aprende repetindo muito. Diga de novo.
– Mática.
– Seu burro! Você vai ficar de castigo. Ei! O que é isso aí na sua mão?
– É um brinquedo.
– Um brinquedo? Não pode trazer brinquedo prá escola. Vou vem prá escola prá brincar ou pra estudar?
– Prá brincar!
– PRÁ BRINCAR, NÃO! PRÁ ESTUDAR! Vai ficar de castigo!
Nesse exato momento, quando Luquinhas já ia começar a gritar e espernear de revolta, chega o seu pai e põe fim à brincadeira dos dois. Professora e aluno vão tomar banho.
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