Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Educação Química e a Música: A Vida e a Obra de Aleksandr Borodin

XI Encontro Nacional de Ensino de Química – ENEQ 2002 (Recife, UFRPE)

 A Educação Química e a Música: A Vida e a Obra de Aleksandr Borodin

Lúcia Helena Aguiar de Souza (Departamento de Química, UFRPE), Alexandre Medeiros (Departamento de Física, UFRPE), Francisco Nairon Monteiro Júnior (Departamento de Física, UFRPE), Cláudio Câmara (Departamento de Química, UFRPE), & Cleide Farias de Medeiros (Departamento de Educação, UFRPE)


Palavras Chave: Educação Química, Música, Borodin.


Introdução
Dentre as recomendações contidas nos PCN está a necessidade de se propiciar ao educando uma educação científica mais holística, que contemple a formação do cidadão e que evite a simples especialização precoce. Na Educação Química uma das formas mais eficazes de inserir a dimensão humana e cultural na formação conceitual mais específica parece ser o recurso à história da ciência com a busca de possíveis laços existentes entre a produção do conhecimento científico e o contexto mais amplo no qual este sempre esteve envolvido1. Com tal objetivo em mente, os autores do presente trabalho dedicaram-se à investigação de um precioso estudo de caso histórico: a vida e a obra de Aleksandr Porfirevich Borodin, um personagem singular que transitou no século XIX entre a química e a música2,3,4. Entretanto, mais do que simplesmente relatar suas conquistas na química e na música, de formas isoladas, a pesquisa buscou encontrar os pontos de contato entre essas duas produções, tentando identificar as possíveis sintonias entre as mesmas. Para tal, o trabalho caracterizou-se, não apenas, como uma pesquisa histórica descritiva, mas, essencialmente, como uma hermenêutica. Esse traço metodológico caracteriza-se pela necessidade da busca de interpretações que conferissem um sentido comum e mais profundo a questões, aparentemente, díspares.

Resultados e Discussão
Os resultados da pesquisa histórica conduziram a um levantamento da vida e da obra de Borodin no contexto histórico-social no qual se deu a sua própria existência. Educado, inicialmente, em São Petesburgo, Borodin manifestou, desde criança seu talento para a música. Tendo estudado medicina na Rússia, fez, posteriormente seu doutorado em química orgânica na Alemanha com uma tese intitulada “On the analogy of arsenic acid with phosphoric acid in chemical and toxicological behaviour”. Após a conclusão do seu doutorado tornou-se um compositor por diversão, enquanto assumia a química como sua verdadeira profissão. Além de professor, foi ativo pesquisador em química orgânica, tendo dado várias contribuições, muitas das quais foram, indevidamente, atribuídas a outros cientistas. Orientado com um pensamento unificador que se manifestou de forma grandiosa em sua música épica, principalmente em sua ópera “Príncipe Igor”, Borodin orientou seus trabalhos em química orgânica, igualmente, pela busca de unificações e princípios globalizadores5. Uma análise mais acurada de sua obra artística e de sua contribuição científica põe em evidência essa sintonia que é exibida e discutida neste trabalho, na forma de um pôster. Acompanhando as explicações científicas pertinentes para que se perceba esta característica unificante mencionada, são exibidos também trechos de suas composições musicais para que fique evidenciado o seu caráter épico. Uma discussão do próprio significado da música épica é feita como uma ferramenta de análise essencial na compreensão das sintonias a serem devidamente apreciadas.

Conclusões
O estudo mostra, exemplarmente, como a química pode ser ensinada de modo que respeite a sua história e que possa estabelecer vínculos entre a produção cultural mais ampla dos seres humanos. O material escrito complementar que acompanha este trabalho foi produzido para vir, além disso, a constituir-se em um subsídio para aqueles professores que pretendam por em destaque essa dimensão humana da produção científica em suas aulas de química.

____________________
1 Filgueras, C. Química Nova na Escola. 2001, 24, 5, 709-712.
2 Ruiz, A. Educación Química. 2001, 12, 4, 190-192.
3 Willcox, T. Education in Chemistry. 1973, June, 170-173.
4 White, A. Journal of Chemical Education. 1987, April, 326.
5 Levasev, E. Il Saggiatori Musuicali. 1998, V, 69

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

The Internationale (Versão Anarquista do Hino da Internacional Socialista)

The Internationale
(hino da Internacional Socialista)
Versão Anarquista

Voz e violão: Alistair Hulett & Jimmy Gregory


Arise, ye workers from your slumber, arise, ye prisoners of want.
For reason in revolt now thunders, and at last ends the age of cant!
Away with all your superstitions, servile masses, arise, arise!
We'll change henceforth the old tradition, and spurn the dust to win the prize!
So comrades, come rally, and the last fight let us face.
The Internationale, unites the human race.
So comrades, come rally, and the last fight let us face.
The Internationale, unites the human race
.
No more deluded by reaction, on tyrants only we'll make war!
The soldiers too will take strike action, they'll break ranks and fight no more!
And if those cannibals keep trying, to sacrifice us to their pride,
They soon shall hear the bullets flying, we'll shoot the generals on our own side.
So comrades, come rally, and the last fight let us face.
The Internationale, unites the human race.
So comrades, come rally, and the last fight let us face.
The Internationale, unites the human race
.
No saviour from on high delivers, no faith have we in prince or peer.
Our own right hand the chains must shiver, chains of hatred, greed and fear.
E'er the thieves will out with their booty, and to all give a happier lot.
Each at his forge must do their duty, and we'll strike the iron while it's hot.
So comrades, come rally, and the last fight let us face.
The Internationale, unites the human race.
So comrades, come rally, and the last fight let us face.
The Internationale, unites the human race.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pink Floyd, Einstein e Educação

Alexandre Medeiros (PhD, University of Leeds - Professor de Física e Astronomia, UFRPE)
Para os professores mais antiquados, saudosistas de plantão, que ainda sonham com um retorno a um PASSADO de DISCIPLINA FERRENHA em SALA DE AULA, vale à pena tentar abrir um pouco a cabeça, mudar os seus conceitos e assistir ao CLÁSSICO da banda inglesa Pink Floyd: ANOTHER BRICK IN THE WALL. A imagem tirânica do professor-carrasco e da sua opressiva ESCOLA-FÁBRICA é uma OBRA PRIMA do rock progressivo. E a performance do Pink Floyd é simplesmente do outro mundo:

Este vídeo de Another Brick in the Wall” faz lembrar as sábias palavras de Einstein sobre a Educação:
Na verdade é quase um milagre que os métodos de instrução não tenham exterminado completamente a sagrada sede de saber, pois essa planta frágil da curiosidade científica necessita, além de estímulo, especialmente de liberdade; sem ela, fenece e morre. É uma grave erro supor que a satisfação de observar e pesquisar pode ser promovida por meio da coerção e da noção do dever. Muito ao contrário, acredito que seria possível eliminar por completo a voracidade de um animal predatório obrigando-o, à força, a se alimentar continuamente, mesmo quando não tivesse fome, especialmente se o alimento usado para a coerção fosse escolhido para isso”.
Mais detalhes sobre o pensamento educacional de Einstein podem ser encontrados em nosso LIVRO (em co-autoria com a professora Cleide Medeiros): “Einstein e a Educação” (São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005).

Este livro pode ser encontrado nas boas livrarias ou apenas ser lido em grande parte (uns 70%) ON LINE no GOOGLE LIVROS:
Uma versão abreviada do conteúdo do referido livro pode também ser encontrada em nosso ARTIGO intitulado “Einstein e a sua Concepção de Educação” (também em co-autoria com a professora Cleide Medeiros) publicado na Revista Física na Escola (Vol. 6, N.2, Outubro de 2005) e que pode ser encontrado no LINK: